O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e a segunda matéria prima mais comercializada em todo o mundo.
Ao contrário do que muitos pensam, desde que consumido moderadamente, o café tem uma ação benéfica ao organismo, possuindo algumas propriedades importantes tais como:
- É analgésico,
- cardiotônico,
- depurativo,
- digestivo,
- diurético,
- estimulante,
- excitante,
- revigorante intelectual,
- sudorífero,
- tônico,
- Aumenta o metabolismo,
- estimulante do sistema nervoso,
- Diminui o cansaço mental,
- Dilatar os brônquios,
- Auxilia no diabetes,
- baixa a glicose
ORIGEM: O
café é uma planta nativa da Etiópia, país do leste da África –
antiga Absínia. Estima-se que seja conhecido há mil anos no Oriente
Médio, especialmente na região de Kafa, daí, certamente, o nome
“Café”.
CURIOSIDADES:
Conta-se que, entre os árabes, o café se tornou tão importante a
ponto de, nas cerimônias de casamento, os maridos prometerem a suas
esposas provê-las da bebida por toda a vida. E, se o compromisso não
fosse cumprido, poderia justificar o divórcio.
No brasão nacional do Brasil há um ramo de café, o que demonstra sua importância para o país
No brasão nacional do Brasil há um ramo de café, o que demonstra sua importância para o país
O
café mais caro que existe é o Kopi Luwak, conhecido também como “café
de civeta”. E um café feito a partir de grãos da fruta extraídos das
fezes do civeta - um animal da família dos viverrídeos - muito usado na
confecção de perfumes, devido suas glândulas anais que produzem uma
secreção acre e oleosa, conhecida como almíscar.
O café é tratado como produto de luxo e só para se ter ideia, apenas uma xícara de Kopi Luwak pode custar na entre 95 e 200 dólares.
O café é tratado como produto de luxo e só para se ter ideia, apenas uma xícara de Kopi Luwak pode custar na entre 95 e 200 dólares.
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA - Taxonomia
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Rubiaceae
Gênero: Coffea
Espécie: Coffea arabica
O
café foi o principal produto de exportação da economia brasileira
durante o século XIX e o início do século XX, garantindo as
divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também
da República Velha, começando a ser produzido em escala comercial
para exportação devido ao aumento da procura do produto pelos
mercados consumidores da Europa e dos EUA.
O
consumo de café no continente europeu e no norte da América ocorreu
após a planta percorrer, desde a Antiguidade, um trajeto que a levou
das planícies etíopes africanas até as mesas e xícaras dos países
industrializados do século XIX. Mas para isso foi necessária uma
expansão de seu consumo pelo Império Árabe e pelo mundo islâmico,
sendo posteriormente apresentada aos europeus, que tornaram seu
consumo mais expressivo por volta do século XVII.
A
produção do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada
Fluminense e do vale do rio Paraíba, que atravessava as províncias
do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil
beneficiou-se da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao
sistema plantation, caracterizado basicamente pela monocultura
voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo em
grandes latifúndios.
Nessa
região do Brasil, a produção cafeeira beneficiou-se do clima e do
solo propícios ao seu desenvolvimento. O fato de ser rota de
transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de
mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira,
já que parte das terras estava desmatada, facilitando inicialmente a
introdução das roças de café e beneficiando o escoamento da
produção através das estradas existentes.
As
técnicas de produção de café eram simples. Inicialmente se
desmatavam terras onde era necessário expandir as áreas
agricultáveis para a colocação das mudas da planta. Estas
demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir. Nesse tempo,
outras culturas eram plantadas em torno dos cafezais, principalmente
gêneros alimentícios. Para a conservação das plantas, eram
necessárias apenas enxadas e foices. A colheita era feita
manualmente pelos escravos, que, após essa tarefa, colocavam os
grãos do café para secar em terreiros. Uma vez seco, o café era
beneficiado, retirando-se os materiais que revestiam o grão através
de monjolos, máquinas primitivas de madeira formadas por pilões
socadores movidos a força d’água.
Após
esse processo, o café era transportado nos lombos das mulas para o
porto do Rio de Janeiro, de onde era exportado. Mas o aumento da
produção cafeeira e os lucros decorrentes dela levaram ao início
do processo de modernização da economia e da sociedade brasileira.
Um
dos exemplos mais marcantes dessa modernização esteve na construção
de ferrovias para o transporte do café, o que aumentou a velocidade
do transporte e interligou algumas regiões do Império,
principalmente após a expansão das lavouras para as terras roxas
localizadas no chamado Oeste paulista, intensificada após a década
de 1860. Tal situação levou ainda ao fortalecimento do Porto de
Santos como principal local de escoamento da produção.
Em
1836 e 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do
Império. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados
“Barões do café”, enriqueceram-se e garantiram o aumento da
arrecadação por parte do Estado imperial.
Surgiram
ainda os chamados comissários do café, homens que exerciam a função
de intermediários entre os latifundiários e os exportadores. Além
de controlarem a venda do produto, garantiam aos latifundiários
acesso a créditos para a expansão da produção e também
viabilizavam a compra de produtos importados.
O
café foi, dessa forma, um dos principais esteios da sociedade
brasileira do século XIX e início do XX. Garantiu o acúmulo de
capitais para a urbanização de algumas localidades do Brasil, como
Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do interior paulista, além de
prover inicialmente os capitais necessários ao processo de
industrialização do país e criar as condições para o
desenvolvimento do sistema bancário.